Não há mais o que discutir sobre os malefícios do tabagismo

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Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), 90% dos fumantes começam a fumar antes dos 19 anos. Isso é ruim porque, quanto mais cedo a pessoa começa a fumar, mais difícil é para ela parar. O adolescente ainda está se formando, tanto em maturidade quanto em relação ao seu sistema nervoso central. Logo ele se torna dependente mais facilmente.

O Brasil já adotou uma série de medidas para tentar reduzir o acesso ao tabaco e os riscos derivados dele, como a proibição de propagandas, a Lei Antifumo e uma resolução da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) proibindo a fabricação e venda de cigarros com sabor.

Apesar da proibição continuar valendo, as empresas que fabricam esse produto podem recorrer a instâncias inferiores da Justiça para derrubar a determinação por meio de liminares. É sabido que o cigarro com sabor é uma estratégia da indústria para atingir um número maior de jovens. Em 2013, quando o assunto entrou na pauta da Anvisa, existiam só quatro marcas de cigarro com sabor no Brasil. Em 2017 já eram mais de 80.

Países como Austrália e Canadá já proibiram a comercialização de aditivos. No Brasil, toda a Corte do Supremo Tribunal Federal reconheceu o tabagismo como um problema de saúde pública.

Todas estas medidas estão de acordo com convenções internacionais. Não há mais o que discutir sobre os malefícios do tabagismo. Aceito durante séculos, o tabagismo é considerado por muitos como um hábito adulto livremente escolhido. Infelizmente, isto não é verdade. 90% dos fumantes sabem que o cigarro faz mal à saúde e 77% deles gostariam de deixar de fumar.

Catalogado no Código Internacional de Doenças com o número 10 (CID 10), o tabagismo é um transtorno de comportamento. Como já vimos aqui, são tantas doenças decorrente do hábito de fumar que o cigarro é o único produto legal que vai matar quase metade dos seus consumidores a longo prazo.

Um exemplo disto vem do Maranhão: de acordo com uma pesquisa do Hospital Universitário da Universidade Federal do Maranhão (HU-UFMA), o Maranhão tem os maiores registros de câncer de pênis no mundo. Os dados são baseados em casos dos hospitais Universitário, Aldenora Belo e Geral Tarquinio Lopes Filho, tendo como referência os registros de 2004 a 2014. Foram detectados 392 casos da doença, sendo que mais de 90% tem relação direta com o HPV.

Por conta destes índices, o Maranhão foi apontado como o primeiro da lista nos casos da doença pela Agência Internacional de Pesquisa em Câncer (IARC).

De acordo com os estudos já desenvolvidos, o câncer de pênis é motivado pela falta de higiene, fimose, infecção pelo papilomavírus humano (HPV), comportamento sexual de risco e… uso de tabaco.

Alguma surpresa? De jeito algum. Relembre aqui como o cigarro pode afetar outros aspectos do dia a dia – incluindo o sexo.

 

Fonte: G1